sábado, 21 de abril de 2007

factos anticristo


“’Não há confirmação irrefutável de que o homem Jesus tenha vivido’, diz Robert Funk, teólogo da Universidade de Montana e um dos bravos acadêmicos do Seminário de Jesus. ‘Existem argumentos propondo que Jesus é a somatória de várias personagens, ou que sua pessoa possa ter sido inflada até chegar à condição de mito’, diz. De facto é preciso entregar-se a uma formidável devoção ao fundamentalismo para se acreditar piamente no que a Bíblia contém sobre o assunto. As Escrituras são contraditórias e incompletas. Na verdade, mais simbólicas do que documentais.”. Aí não é um ateu, mas um teólogo, que reconhece as contradições das escrituras sagradas.

A FÉ
“...o homem não é justificado por obras da lei e sim mediante a fé em Jesus.” (Gál. 2:16)
AS OBRAS
“Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante” (Tiago, 2:20) Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem a fé, mas não tiver obras? Pode semelhante fé salvá-lo? (Tiago, 2:14).
Qual é a verdade? O homem é justificado pela fé ou penas obras?
Estudos têm demonstrado que havia duas correntes cristãs naqueles dias, a de Paulo e a de Tiago, tendo prevalecido a primeira. Se vencesse a de Tiago, a história do Cristianismo seria outra. E o que vemos aí parece um embate entre os dois. Tiago pregava a virtude das obras; Paulo valorizava a fé.
É essa mais uma das incompatibilidades dos vários autores bíblicos.

A VERDADE MAIS PROVÁVEL SOBRE A RESSURREIÇÃO DE JESUS
Segundo a Bíblia, os hebreus receberam a verdade divina diretamente de Yavé. Todavia, Yavé nunca lhes prometeu ressurreição antes do cativeiro babilônico. Por que isso foi assim?
A realidade que aflora da reunião de todos os dados existentes é que os hebreus tiveram contato com a crença na ressurreição dos mortos no cativeiro babilônico. E os persas, sob cujo domínio viveram depois, também criam na ressurreição.
Como os discípulos de Jesus conheciam essa crença e a adotaram, passaram a crer que Jesus poderia ressuscitar e retornar com poder divino para estabelecer aquele reino que esperavam.
Os evangelhos foram escritos mais de quarenta anos após a morte de Jesus, época em que deveria haver poucas pessoas dos que teriam tido contato com ele. Assim, qualquer coisa que dissessem sobre ele teria pouca chance de ser desmentida. Ademais, esses evangelhos devem ter levado muito tempo para ser bem disseminados entre os povos. Isso tornou impossível alguém provar que os prodígios e a ressurreição fossem inventos.
Muitos historiadores viveram nos dias de Jesus, e nada escreveram sobre ele. Entre eles, Filão de Alexandria, cujas idéias são tidas por alguns como precursoras do cristianismo. Todavia, ele não escreveu uma palavra sequer sobre Jesus. Disso só se pode deduzir que ele não conheceu Jesus. Agora, pense um pouco: se Jesus tivesse feito um pouquinho do que os evangelhos dizem que ele fez, aquele historiador não teria sido informado?

O mais evidente de tudo isso é que os discípulos de Jesus, crendo na ressurreição dos mortos, passaram a pensar que ele tivesse ressuscitado ou fosse ressuscitar um dia e retornaria para estabelecer o reino, e posteriormente, muitos anos depois, alguém já começou a dizer que ele fora visto ressuscitado, e os evangelhos, cujas contradições nos provam sua inutilidade, ficaram como a verdade que os cristãos conhecem hoje.
Observação:
Se o que crêem os cristãos fosse uma realidade, Yavé teria informado desde o primeiro patriarca que eles iriam ressuscitar, e não haveria nenhuma contradição nas informações bíblicas. Se essa crença só veio a existir após o cativeiro babilônico, não resta dúvida de que ela é criação babilônica ou de outro povo anterior. Ademais, o messias foi prometido para destronar a Assíria e estabelecer um reino unido de Judá e Israel; mas, isso não aconteceu, e os cristãos dizem ser o messias uma pessoa que existiu nos dias de Roma e foi morto pelos romanos. E ainda querem nos convencer de que a palavra bíblica é a verdade!


Segundo a crença hebraica, Yavé, o deus que crêem ser o criador de todas as coisas, inundou todo o mundo e matou toda a população, deixando a salvo apenas a família de Noé, que repovoou a Terra. Essa foi a dedução que se formou no imaginário deles. Nós, entretanto, não temos nenhuma dúvida de que isso não foi como eles pensaram; o mundo não foi inundado, mas uma pequena região que, para eles seria a Terra inteira. Eles dizem que isso foi obra de Yavé, mas outros povos crêem ter sido obra de outro deus, ou vários deuses. Nós sabemos que aqui não houve esse dilúvio, que ele não atingiu a China, não chegou ao Japão, a África, etc., e, nessa época já existiam humanos espalhados por muitas partes do mundo, inclusive na América. Assim, não podemos dizer que a Bíblia está dizendo a verdade, mas sim que ela diz o que seus autores pensaram que fosse a verdade. Os religiosos usam os vestígios de tal inundação para provar que realmente ocorreu esse dilúvio universal, o que não é verdade. É, assim, que as religiões ainda mantêm pessoas crendo no que dizem ser “a verdade”. Mas a realidade é apenas a ocorrência de um desastre localizado. E já houve até cientista que, influenciado pelas idéias religiosas de que a Bíblia diz a verdade, tentou encontrar a arca de Noé no monte Ararat. Todavia, quanto mais avança o conhecimento arqueológico, mais se vê distante da verdade, entre outras, essa lenda de dilúvio universal.
Não temos mais dúvida de que nunca houve um dilúvio universal, porém houve inundação localizada, que fundamentou a lenda.

Aí está clara a divergência entre Êxodo e Deuteronômio. Em Êxodo, as primeiras tábuas eram "obra de Deus" e as segundas de Moisés, sendo ele que "escreveu". Em Deuteronômio, as segundas tábuas foram preparadas por Moisés, mas quem escreveu foi Yavé.
Estudiosos atuais, como os mais avançados recursos modernos de estudo do passado, concluíram que os cinco livros atribuídos a Moisés compõem-se de reunião de textos escritos por várias pessoas. As diversas contradições existentes, como a mencionada acima, são um testemunho dessa pluralidade de escritores.
Resta agora aos que insistem que tudo que está na Bíblia é verdade decidir se os dez mandamentos foram escritos por Moisés ou pelo próprio Yavé. Todavia, se foi Yavé, o autor do Êxodo não disse a verdade. Se foi Moisés, Deuteronômio contém informação falsa. Conseqüentemente, a Bíblia não diz a pura verdade.

Segundo Mateus, Jesus, após ser batizado, recebeu o espírito santo, que desceu sobre ele "como uma pomba", foi para o deserto e ficou lá quarenta dias, sendo tentado pelo Diabo (Mateus, 3: 16, 17; 4: 1, 2).
Segundo o evangelho de João, Jesus veio a João para ser batizado e João testemunhou ter visto o espírito santo descer sobre ele na forma da pomba. E, "No dia seguinte João estava outra vez ali, com dois dos seus discípulos e, olhando para Jesus, que passava, disse: Eis o Cordeiro de Deus!" (João, 1: 28 a 36). E nos versos seguintes mostra que ele começou a reunir discípulos, começando com dois de João que o seguiram. Aí não houve lugar para os quarenta dias de jejum.
Se no dia seguinte ao batismo Jesus estava começando a reunir os seus discípulos, ele não fez os quarenta dias de jejum no deserto. Se ele foi para o deserto jejuar quarenta dias, ele não começou a reunir seus discípulos no dia seguinte após o batismo. Assim é certo que um evangelho deu informação falsa. Se um não disse a verdade, não é seguro acreditar que outro seja verdadeiro.

"Pesquisa da rede britânica BBC realizada em dez países mostrou que 92% dos pesquisados acreditam em Deus ou em algum tipo de 'poder superior'. O maior índice de crentes foi encontrado na Nigéria, onde 100% dos mil entrevistados declararam ter fé em alguma força sobrenatural. Entre os pesquisados, a Grã-Bretanha é o país com a maior parcela de descrentes: 33%. Entre os sul-coreanos, o índice foi de 30%. Foram pesquisados ainda os Estados Unidos, Rússia, Índia, México, Indonésia, Israel e Líbano. Os dez países com 2,1 bilhões de habitantes, representam cerca de 1/3 da população mundial. O número de entrevistados em cada país variou de 1.000 a 1.038.
Acreditam em Deus:
Nigéria 100%;
Indonésia 99%;
Líbano 98%;
Índia 98%;
México 93%;
EUA 91%;
Israel 85%;
Rússia 77%;
Coréia do Sul 70%
Grã-Bretanha 67%." (VIDA & RELIGIÃO, ano 1, nº 1, págs. 6 e 7).
Conclusão:
Se, a Nigéria, um dos países mais miseráveis do mundo, onde a educação deve ser das piores, tem cem por cento de crentes, enquanto a Grã-Bretanha, lugar de alto nível educacional e grande avanço científico, é o país onde mais pessoas já não acreditam no sobrenatural, e o único país com um bom nível educacional e em que ainda há muitos crentes é Estados Unidos, situação dada ao fato de ser uma nação formada quase puramente de protestantes vindos da Inglaterra, a afirmação religiosa é falsa. Apesar de sua origem muito religiosa e do grande fanatismo existente até hoje, quase dez por cento da população americana já não vêem razão para acreditar no sobrenatural. E a tendência é sempre aumentar esse número, ainda que muitos tentem impor a religião até nas escolas. Não estavam errados os iluminista ao afirmar que, "à medida que o conhecimento científico fosse aumentando entre a população, a religião entraria em decadência".


Sacrifício pelos pecados do mundo

Nos dias do império romano, vários heróis se levantaram pretendendo dar cumprimento às profecias libertando os hebreus, mas todos sucumbiram. Os próprios escritos cristãos registram que, além de Jesus, "Judas" e "Teudas" tentaram esse salvamento e morreram também (Atos, 5: 34-39).
À falta de registros sobre Yeshua (Jesus), nos vem até a hipótese de o nome "Yeshua" ou "Iesus" ter sido inventado para algum desses aventureiros posteriormente. Pois ninguém dos historiadores daqueles dias escreveu sequer uma linha sobre um herói judeu chamado Yeshua ou Yehoshua; além do que, segundo comentário que já li, nos manuscritos do Mar Morto há informação de que os essênios esperavam um salvador chamado Jesus. Como é muito evidente que os cristãos primitivos realmente tiveram seu líder executado pelos romanos, pode ser que eles tenham usado esse nome existente na crença dos essênios.
Acreditando na ressurreição dos mortos, doutrina assimilada dos babilônios e persas, crendo nas palavras de seus profetas, que prometiam um libertador, e conhecendo as crenças dos romanos, cujo deus havia nascido de uma virgem, sido executado e ressuscitado, e também adeptos da crença persa em um libertador que nasceria de uma virgem, ressuscitaria os mortos e presidiria o juízo final, esse grupo judeu com certeza passou a crer que seu líder era esse deus. Provavelmente, o próprio líder, na iminência da execução, tenha dito convictamente que ressuscitaria e voltaria para julgar todos aqueles que o levavam à morte e reinar com os seus seguidores.
Como toda essa base ideológica, esses religiosos passaram a pregar ao mundo que seu líder era o "cristo", correspondente grego do hebraico "mashia", que significa "ungido", e que esse ungido teria ressuscitado ou iria ressuscitar e retornaria brevemente para aniquilar o Império Romano e estabelecer um reino justo, onde não haveria mais sofrimento. Com o passar dos anos, escreveram muitos relatos que chamaram de "evangelhos" (boas novas"), onde surgiram as curas de cegos, surdos, mudos, aleijados, endemoninhados (loucos), ressurreições de mortos, etc. Sabemos que, se houvesse um homem capaz de fazer um cego enxergar ou um aleijado adquirir normalidade física, tais coisas jamais ficariam no anonimato. E ninguém fora do meio cristão conheceu tais prodígios, o que é mais uma evidência de que são lendas. Como nas profecias de Isaías há referência a uma virgem tomada por mulher pelo profeta e gerando um filho (Isaías, 7: 14-17), esse texto foi a base para o mito de que o referido ungido teria nascido de uma virgem (Mateus, 1: 23).
Como a referência a Antíoco nos capítulos 8 a
12 de Daniel fala da cessação do "sacrifício" e da "oferta de manjares" e morte do "ungido" (alusão à execução do sumo sacerdote Onias), criou-se a idéia de que aquele texto tivesse falando da morte de Jesus e que esse Jesus teria sido morto como um sacrifício pelos pecados do mundo e que o sacrifício de animais teria sido abolido com sua morte. Em nenhum lugar nas escrituras sagradas hebraicas (lei mosaicas, profetas, etc.) há promessa de substituição dos sacrifícios de animais por outro sacrifício, mas os cristãos criaram essa doutrina e ela dominou o mundo. O sacrifício de Jesus pelos pecados foi simplesmente essa adaptação dessa diversidade de crenças com diversos textos descontextualizados.


Alguns ramos do cristianismo ainda exercem um poderoso obstáculo ao que há de mais avançado no campo das pesquisas científicas. Contudo, os países onde a ciência está mais avançada ainda são de predomínio cristão. Os países mais atrasados são os mais religiosos, e a religião está em toda parte, não porque seja a verdade, mas porque surgiu das dúvidas do pensamento primitivo. Os países cristãos são os mais desenvolvidos, não porque o cristianismo tenha a verdade, mas porque, neles há, além do poder econômico, um pouco mais de liberdade para o desenvolvimento humano. Mas, se fossem menos apegados às idéias primitivas, estariam ainda em melhor posição.

poderá visualizar mais em:

http://www.anticristo2000.hpg.ig.com.br/

domingo, 15 de abril de 2007

Documentário sobre túmulo de Cristo abre debate público na SIC











A aposta da programação de hoje da SIC levanta questões muito delicadas e polémicas para os cristãos. Código de Cristo - O Túmulo Perdido é um documentário produzido pelo cineasta James Cameron e dirigido pelo israelita Simcha Jacobovici, baseado numa investigação arqueológica que alega que Jesus Cristo e Maria Madalena tiveram um filho chamado Judas.

Exibido como tema da Grande Reportagem, este documentário coloca a ciência e o ADN em potencial confronto com a religião e a fé. Por este mesmo motivo, a SIC vai promover um debate público, moderado por Conceição Lino, logo a seguir à exibição desta estreia na televisão portuguesa. Como convidados, a apresentadora vai ter o Padre Carreira das Neves e Eugénia Castro, a especialista em antropologia biológica que liderou a equipa de investigação que fez a exumação com fins científicos das ossadas de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.

"O documentário é credível, sério, científico sobre um trabalho de arqueologia. É claro que não é consensual e por isso mesmo é que a SIC vai abrir um espaço público de debate logo a seguir à sua exibição", explicou José Navarro de Andrade, responsável pelas aquisições estrangeiras da estação.

Na centro da controvérsia deste documentário está a reivindicação da descoberta da cripta da família do Messias em Jerusalém. Ali se encontravam os ossários de Jesus, Maria Madalena e Judas, o filho de ambos. Os ossários foram descobertos em 1980 durante as obras de construção de um complexo de apartamentos em Jerusalém entregues, na altura, à guarda da autoridade israelita das antiguidades, mas só agora foram estudados e identificados como pertencentes à família de Jesus Cristo.

Não é a primeira vez que surgem relatos sobre relações maritais entre Jesus e Maria Madalena, mas é a primeira vez que se alega a descoberta dos ossos deles junto aos do filho, Judas. O argumento central é simples: a identificação de um dos ossários é do próprio Cristo. Como os judeus eram sepultados em criptas familiares, os restantes ossários só podem ser de ascendentes ou descendentes seus. Recorrendo a análises de ADN e outros métodos científicos, os autores tentam provar o relacionamento familiar dos sepultados e a identidade do ossário de Maria, mãe de Jesus, e vários irmãos dele.

Surge ainda a delicada questão da ressurreição: os autores não questionam esta teoria, mas se os restos mortais encontrados são mesmo os de Jesus quer dizer que ele ou não subiu ao céu, ou se subiu foi apenas o espírito. Esta não é a história relatada nos Evangelhos: é aqui que nasce a polémica.

O documentário refere ainda que perto da cripta da família de Jesus foi encontrada a cripta de Caifás e o ossário de Simão de Sereneu.